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* Por Lucas Nicascio

São 7h30 em Yale e estou chegando ao Commons (o refeitório que é muito parecido com o de Hogwarts). No caminho encontro alguns amigos e conversamos sobre como foi o dia anterior, os cursos, workshops, etc. Ao entrarmos no refeitório, encontramos outros amigos com os quais sentamos para conversar durante o café da manhã (que, por sinal, é ótimo). Depois de muitas risadas, voltamos para o Old Campus, para o nosso check-in, onde encontramos todos do living group. Mas seria triste lembrar que estamos fazendo tudo isso pela última vez.

Aguardo então pela hora do início dos cursos atualizando as redes sociais e postando fotos da experiência de férias. Ao chegar à sala, a aula tem início e finalizamos as apresentações, sobre algum tema relacionado a física, que cada grupo escolheu. O meu foi sobre a expansão do universo descrita pelas estrelas e as características do Sol. Para comemorar o fim do curso, no qual fizemos projetos incríveis para estudar cinemática, tomamos sorvete de astronauta.

Então, novamente, me dirijo a outro curso, o de Engenharia Sustentável, que fica a 15 minutos a pé. Ao chegar ao laboratório, trocamos contatos das redes sociais antes de a aula começar para o último dia, no qual finalizaríamos o projeto de um aerogerador. Chega o fim da aula e, na esperança de tentar guardar uma recordação do momento, tiramos muitas fotos. Juntos, vamos ao Commons. É hora do almoço. Mas seria triste lembrar que estamos fazendo tudo isso pela última vez.

Durante a tarde, todos nos reunimos no auditório para as apresentações preparadas pela Explo, o Community Meeting – um tipo de jornal ao vivo com muito humor sobre as notícias recentes a respeito do programa. E agora me dirijo para meu último dia de workshop de esgrima, para um pequeno campeonato. Mas seria triste lembrar que estamos fazendo tudo isso pela última vez.

Já são 16h e é possível ver o Old Campus cheio de estudantes tentando curtir suas últimas horas ao lado de amigos ou mesmo participando de atividades que até o momento não tinham feito. Nessas horas, lembramos de cada segundo que passamos nesse programa e o que aprendemos, não somente nos cursos ou workshops, mas também por meio da convivência com pessoas de diversas partes do mundo. E, ainda, por viver a experiência de falar outra língua durante 21 dias.

No Six Flags

No Six Flags

Lembramos também dos passeios de fim de semana nos quais pudemos sair de nossa rotina no câmpus e viver o clima agitado de Nova York ou mesmo o sossego de uma praia. No último fim de semana, pude me divertir em um dos parques dos EUA mais conhecidos pela quantidade de montanhas-russas, o Six Flags. No dia seguinte fui à famosa Quinta Avenida, em Manhattan, e pude passar também pelo Rockfeller Center, um complexo comercial onde, no fim do ano, é montada a mais famosa pista de patinação da cidade e a grande árvore de Natal. Durante o passeio, fui ainda ao Radio City Music Hall, onde é de costume acontecer a premiação Video Music Awards (VMA), da MTV.

Outro passeio que pude fazer, mas esse durante a semana, foi para Princeton, uma incrível universidade com um belo câmpus e também onde Albert Einstein já lecionou.

Retomando… Após o check-in das 19h45, fomos todos para o último evento do programa, o Explopalooza, no qual os estudantes fizeram apresentações de dança, canto e filmes, que prepararam durante as três semanas. E agora, enquanto está sendo exibido um vídeo com fotos de vários momentos do programa, é possível ver lágrimas nos rostos de muitos de nós. Lembramos que no dia seguinte estaremos distantes de tudo isso ao voltar para casa.

Nessa noite pudemos ficar acordados até o dia seguinte, sem dormir. Ficamos juntos de nossos amigos sentados na grama do Old Campus, ouvindo músicas e jogando cartas para tentar esquecer que o tempo passa e que em poucas horas ou minutos já não esteremos mais próximos de alguns.

Passar 21 dias em Yale foi uma experiência enriquecedora para mim, que de fato pode me mudar. Além da incrível experiência com o inglês, pude construir projetos muito interessantes nos cursos que participei. Eles alimentaram minha criatividade e espírito inovador. Aprendi também novos esportes, como esgrima e tênis. Enfim, aprendi coisas que posso levar para toda a minha vida.

Tive a oportunidade de vivenciar uma experiência de ser independente, de ter maior responsabilidade, a experiência do dia a dia em uma universidade. Tudo isso sem contar a convivência com pessoas que puderam expandir minha visão de mundo e que ao final éramos como uma grande família que envolvia colegas de living group, professores, colegas de aula…

Acima de tudo, tenho muito a agradecer a todos que me apoiaram nessa viagem, em especial a meus pais, à professora Anelisa Macedo e ao Ismart.

E agora, 11h, hora de ir para casa, me restam algumas palavras para toda essa experiência que vou levar comigo como lembrança pelo resto da minha vida.

Adiós, au revoir, addio, tschüss, sayōnara, good bye, alvida, zàijiàn, adeus.

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