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Antes de pegar o avião para a Califórnia, tudo parecia simples. Afinal, o sonho da bolsista do Ismart Larissa Fabião da Fonseca estava prestes a se tornar realidade. A jovem de São José dos Campos conheceria Stanford, a universidade onde quer cursar a graduação, em um curso de verão sobre suas áreas favoritas, física e matemática. Mas como a vida real é um pouco mais complicada que a imaginação, nem tudo de fato aconteceu como previsto, entre 25 de junho e 14 de julho de 2017.

“Eu me matriculei em um curso mais difícil do que esperava. Nos primeiros dias não entendia quase nada das aulas e passava todas as horas livres estudando para acompanhar a turma”, diz a estudante de 16 anos, que cursa o 2º ano do ensino médio no Colégio Poliedro. Apesar do revés inicial, com o tempo as coisas mudaram de rumo. “Melhorei meu inglês e meu entendimento em matérias de exatas, e hoje consigo ler e entender qualquer livro científico. Em Stanford aprende-se resolvendo problemas e criando soluções. Não é fácil, mas torna tudo mais divertido. Com essa experiência, pude ter certeza que quero estudar lá na graduação.”

Este não foi o primeiro – e nem será o último – desafio que Larissa enfrentou para conquistar uma educação de qualidade. Sua trajetória mostra que superar adversidades não é uma problema para a estudante. Quando tentou o processo seletivo do Ismart pela primeira vez, em 2013, ela chegou à quarta etapa (visita domiciliar), mas foi desclassificada. Larissa ainda estava chateada quando recebeu um convite inesperado: fazer parte da primeira turma do Ismart Online, um novo projeto que propunha uma formação a distância e não presencial, com desafios a serem desenvolvidos ao longo do ano. “Eu pensei: por que não? Decidi agarrar a oportunidade e aproveitar ao máximo. Achei que poderia fazer muita coisa”, lembra.

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E ela fez mesmo. Larissa manteve o excelente desempenho na escola pública e, no Ismart Online, desenvolveu em grupo um aplicativo para combater o bullying. Por conta própria, também buscou – e conseguiu – a oportunidade de estudar com bolsa em uma escola particular. No segundo ano do projeto, inspirada no lema do Ismart Online – “Você é o herói da sua própria história” -, criou um jogo que tinha como pano de fundo a trajetória dela e de outros alunos. Em sua escola, Larissa passou a estudar programação e robótica. Nesse meio tempo, participou de olimpíadas do conhecimento e não abandonou o estudo do piano.

“Larissa tem uma visão diferenciada, de questionar as possibilidades, resolver problemas e buscar caminhos. Foi uma boa combinação de uma aluna excelente que estava esperando uma oportunidade, que realmente aconteceu”, diz o gerente do Ismart Online, Fabiano Gonçalves.

Após dois anos no Ismart Online, no fim do ensino fundamental, Larissa participou do processo seletivo do Ismart novamente, em busca de uma bolsa para o ensino médio, e foi aprovada. “Eu sabia como o Ismart Online tinha mudado minha vida e transformado minhas possibilidades de futuro. Ir para o projeto presencial poderia me ajudar ainda mais a alcançar todos os meus sonhos”, conta.

O grande sonho é o de estudar fora, em Stanford, espelhando-se no exemplo de Gustavo Torres, aluno do Ismart que cursa Ciência da Computação na universidade americana. “O Ismart me transformou por meio de histórias inspiradoras, pelas pessoas que me mostraram novas possibilidades”, afirma Gustavo. “Larissa deve inspirar muita gente também. Ela está fazendo coisas incríveis por instinto, e as pessoas gostam de ver isso, e se motivam a ser como ela.”

Apesar de não fazer mais parte do Ismart Online, Larissa não cortou os laços com o projeto. Pelo contrário: ela se tornou monitora e deu aulas de robótica para alguns alunos. “Não adianta nada estudar e não compartilhar, guardar tudo para você. Quero realizar o que gosto, aproveitar cada momento e ter experiências fantásticas, mas quero fazer tudo isso enquanto ajudo a mudar outras realidades.”