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BlogInformativo Educadores

Informativo para Educadores – Março 2018

* Esta é a íntegra da newsletter do programa “Deixe sua Marca”, enviada por e-mail aos educadores interessados em acompanhar mais de perto o trabalho do Ismart.

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Tema do mês: Encontro com Educadores 2018

Caro professor, a newsletter do nosso programa de relacionamento “Deixe sua Marca” está de volta e nesta edição falaremos sobre um tema que nos é muito caro: vem aí o 11º Encontro Ismart com Educadores da Rede Pública! O evento acontecerá no dia 7 de abril em São Paulo e no dia 12 de maio no Rio de Janeiro, com o tema “Altas Habilidades: o papel do professor no desenvolvimento de alunos talentosos”. Contaremos com a presença da convidada Angela Virgolim, docente da Universidade de Brasília (UnB) e uma das maiores especialistas em altas habilidades/superdotação do Brasil. As inscrições podem ser feitas no site www.ismart.org.br/econtro-educadores, onde estão disponíveis todas as informações sobre o encontro. Contamos com a sua presença!

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Palavra da convidada

Para que todos possam chegar ao Encontro com Educadores já afiados, pedimos à professora Angela Virgolim, convidada do evento, que respondesse a algumas perguntas sobre o tema deste ano:

Qual o papel do professor na identificação de alunos com altas habilidades?

É de importância fundamental. No Brasil, assim como em muitos outros países, é o professor quem indica alunos para a entrada em programas especiais. Sendo assim, torna-se importantíssimo que o professor saiba reconhecer as características da superdotação, tanto nos seus aspectos acadêmicos escolares (o aluno que tira nota boa nos testes escolares, que faz perguntas na sua vez de falar, é comportado, segue as regras escolares, tem bom vocabulário ou bom raciocínio numérico, gosta de ler ou de buscar conhecimentos em sua área de aptidão), quanto nos aspectos criativos-produtivos (aqui falamos do aluno inventivo, que gosta de fazer as coisas ao seu jeito, que nem sempre tira notas boas por não estar interessado no conteúdo escolar ou por se comportar de forma a não ligar para as convenções, fazendo bagunça em sala ou se comportando de forma a desordenar o ritmo escolar).

Quais os desafios que a escola pública precisa vencer para identificar e educar esses alunos?

Inicialmente, os estereótipos de quem são os superdotados. Em geral, só alunos com notas altas em disciplinas específicas (como português e matemática) são percebidos como superdotados. Se o aluno tem uma atividade extra na qual é excelente (digamos, em fotografia, ou em consertar coisas), isso não aparece como talento. Identificar o aluno criativo é difícil para aqueles que o percebem apenas como o bagunceiro da turma. Encontrar potencial quando os fatores de personalidade não são favoráveis (aluno revoltado com a escola, com a vida; aluno que usa a agressão para esconder sua baixa autoestima, por exemplo) é ainda um desafio.

Qual a sua expectativa para o Encontro Ismart com Educadores da Rede Pública?

Acredito que os professores vão gostar de conhecer as características cognitivas e afetivas do aluno superdotado. Muitos vão reconhecer, nos exemplos que serão dados, alunos com potencial em sua sala de aula. Espero que levá-los a conhecer os mitos que cercam esta área possa ajudá-los a conhecer seus alunos. O professor é um agente importante nesta equação, que abarca também o aluno e o currículo. Ele precisa atuar no campo afetivo: validar o talento do aluno, mostrar respeito por ele e por suas ideias; fornecer um ambiente onde ele possa compartilhar o que sabe e o que sente; sentir que é ouvido, que sua presença faz diferença na vida do professor e de seus colegas. A aprendizagem só ocorre quando o aluno sente que o ambiente é favorável a ele, que o reconhece e respeita enquanto pessoa, onde há regras consistentes, entremeadas com boas doses de amor. Sem isso, o ensino se torna insípido e separado da vida real da pessoa.

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Processo Seletivo Ismart

O processo seletivo de bolsas de estudos do Ismart está com inscrições abertas desde 12 de março, pelo site http://processoseletivo.ismart.org.br/Ismart. Acesse para conhecer o regulamento e indicar seus alunos talentosos!

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A professora de matemática Atsuko Yamaguchi deixou sua marca

Três alunos, três histórias de sucesso e uma professora. Catherine Marques, Yuri Silva e Guilherme Ferreira (foto acima) são bolsistas do Ismart e acabaram de ser aprovados em universidades de excelência. Catherine vai estudar Administração na Babson College, nos Estados Unidos; Yuri é calouro de Economia da USP; e Guilherme entrou em Engenharia Mecânica no Insper. Os três conheceram o Ismart enquanto estudavam na Escola Estadual Prof. Emygdio de Barros, em São Paulo, e guardam com carinho as lembranças de uma mesma professora que os apoiou incondicionalmente: Atsuko Yamaguchi. “Ela sempre me incentivou a ir além, a estudar mais do que poderia para me desenvolver, de fato, como estudante”, diz Yuri. “Ela foi essencial para me fazer correr atrás de algo que poderia mudar meu futuro”, complementa Guilherme. Catherine também tem imensa gratidão à professora: “Minha inscrição para o Ismart deu problema por causa do e-mail. Ela ficou na escola até 9 horas da noite para garantir que eu pudesse fazer a Prova Online.”

Professora de matemática, Atsuko tem 62 anos e dá aulas na Emygdio desde 2009. Sua paixão pelo ensino e pela disciplina a fizeram ir além, não só incentivando os alunos a buscar oportunidades como o Ismart, mas também acompanhando os estudantes em um curso de matemática oferecido pela USP e preparando-os para as olimpíadas de matemática. Apesar do reconhecimento dos jovens, Atsuko é modesta: “Nós, professores, mostramos o caminho para eles terem um pensamento crítico, de análise. Este é o nosso papel. O resto é só mérito deles”, diz. “Eu fico emocionada ao ver o sucesso de todos.”

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#OrgulhoIsmart

O início do ano começa com muitas notícias boas para o Ismart, entre elas o número alcançado de 139 alunos aprovados nos mais diferentes vestibulares. É o caso de Victor Coutinho Ramalho, que conquistou o primeiro lugar na carreira de Direito na Fuvest, entre 10.742 candidatos. Victor é de São José dos Campos (SP) e integrou a primeira turma do Projeto Alicerce, do Ismart, no Colégio Poliedro, que teve início em 2013. “Foi por causa da oportunidade de ter acesso a um ensino de excelência que pude desenvolver conhecimentos, talentos e expectativas”, afirma. Apesar do excelente resultado na Fuvest, o vestibular mais disputado do país (seleciona novos alunos para a USP), o bolsista do Ismart decidiu estudar na Fundação Getulio Vargas, onde também foi aprovado – com bolsa integral. Segundo Victor, a FGV tem um sistema de aulas diferenciado e estrutura moderna. “Espero ter cinco anos de muitas experiências novas (principalmente por estar me tornando independente agora) e de muitas oportunidades de crescimento e impacto positivo no mundo”, diz. Victor é #OrgulhoIsmart.