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Flávio Barbosa diz que, por “teimosia”, estudou Medicina depois de sair do “interior do interior do Ceará”. Aos 14 anos ele deixou Amontada, uma cidade pequena, com pouca estrutura, e se mudou para a casa de tios, na periferia de Fortaleza. No ano seguinte, entrou para o Ismart. Era 2005 e, na época, o instituto concedia bolsas a alunos do Ceará.

Flávio foi criado pela mãe, cozinheira, e sempre mostrou gosto pelos estudos. “Os professores diziam que, se eu ficasse no interior, iria me perder”, afirma. Na capital, ele começou o ensino médio. “O primeiro ano foi difícil. Estudava à noite e a escola não era muito boa.”

Pelo bom desempenho em olimpíadas de matemática, os professores chamaram Flávio para a seleção do Ismart. Aprovado, passou a frequentar o Colégio Espaço Aberto, além da escola pública.

Prestou vestibular para Engenharia na Universidade Federal do Ceará. Iniciou o curso, mas desistiu. Mudou para a universidade estadual, onde havia passado em Medicina. “Foi minha melhor decisão.”

Durante a faculdade, Flávio enfrentou uma rotina intensa, conciliando os estudos com trabalhos de iniciação científica e monitoria, que lhe ajudavam a se sustentar.

Em 2013 ele se tornou o primeiro aluno do Ismart formado em Medicina. Hoje, aos 25 anos, divide o tempo entre o ambulatório e plantões. Também se prepara para a residência em infectologia. Ainda quer fazer mestrado e doutorado e dar aulas.

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