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A diretora da Emef Bartolomeu Lourenço de Gusmão, Rosália Aparecida Oliveira, conheceu o Ismart em 2011 e, no mesmo ano, inscreveu seis alunos no processo seletivo. Desses, três passaram e conquistaram bolsas de estudo para cursar o ensino médio em escolas particulares parceiras do instituto em São Paulo. “Foi incrível. Quando vi meus alunos aprovados, virei fãzona do projeto”, diz a educadora. “Tenho o cartaz daquele processo seletivo guardado até hoje.”

Desde então, Rosália tem aperfeiçoado o modo como engaja sua escola, que fica na zona leste da capital paulista, no processo seletivo. Suas ações lhe renderam, em 2014, o título de embaixadora do Ismart, reconhecimento concedido a educadores que tem os papeis de formador de opinião e de divulgador não só do processo seletivo, mas da instituição como um todo.

Além de identificar alunos talentosos e prepará-los para concorrer às bolsas do Ismart, o embaixador apresenta o projeto aos demais professores, coordenadores e diretores da rede púbica de ensino. Ou seja, sua participação não fica restrita ao envolvimento da própria escola com o Ismart.

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Bom exemplo

Para difundir o projeto entre os professores na Bartolomeu, Rosália apostou na influência do bom exemplo. “Eu acredito na ‘contaminação positiva’. Comecei com quem acreditava e eles foram trazendo os outros”, diz. Hoje grande parte do corpo docente abraça a causa do Ismart. “A escola toda se mobiliza. Até a motorista da van que leva os alunos para a prova presencial não cobra pelo serviço.”

Todos os anos, antes do período de inscrições, a escola faz uma série de encontros tanto com os alunos quanto com os pais. “A primeira coisa a se fazer é reunir os estudantes. A gente busca causar impacto e motivá-los, mostrando onde eles poderão estudar se passarem no processo seletivo”, afirma. Rosália convida bolsistas do Ismart para dar um depoimento e os professores da escola gravam um vídeo desejando sucesso aos alunos. “Isso funciona bastante.”

Com as famílias, as reuniões também são motivacionais. “Eu entrego uma apostila com os números do Ismart e leio junto com eles. Os pais dos bolsistas vêm aqui, conversam, incentivam as famílias. Isso é muito importante, pois os pais veem uma pessoa como eles falando do projeto, mostrando como funciona no dia a dia”, diz Rosália.

Segundo a diretora, para o aluno ter sucesso na seleção, ele precisa contar com o apoio da família “Alguém tem de abraçar a causa. Pode ser o pai, a mãe, a avó. Enfim, alguém.” Mas Rosália destaca que é papel da escola levar informações para os responsáveis pelos candidatos. “Os pais têm de compreender o projeto para dar apoio ao aluno.”

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Dentro da escola

A escola oferece suporte aos estudantes durante todas as fases do processo seletivo. “A gente pega o aluno pela mão. Eles fazem o teste online aqui na escola, no laboratório de informática, onde têm todo o apoio para ligar a máquina, acessar o site. Se der algum problema no computador, eles vão para outro. A ideia é deixá-los bem à vontade.”

Para levar os candidatos e seus pais à prova presencial, a Bartolomeu aluga uma van e oferece um kit com material escolar e lanche. A diretora até acompanha o grupo. “Imitei a Célia, que faz isso brilhantemente. Todas essas ideias são dela e o que é bom é para ser copiado”, diz, referindo-se a Célia Sevilha, a primeira embaixadora do Ismart.

A diretora e um grupo de professores dão suporte individual aos alunos que passam para as terceira, quarta e quinta fases do processo seletivo. “A gente sempre se coloca à disposição. Se ele é chamado para a entrevista e não tem meios para ir, pode nos procurar. Mesmo que seja um assunto delicado, é importante que o estudante sinta-se confortável para pedir ajuda e não perca a entrevista por essas questões.”

Recompensa

O apoio personalizado também se estende para as etapas de visita domiciliar e dinâmica de grupo. E nas vezes em que a lista de aprovados no processo seletivo do Ismart trouxe alunos da Bartolomeu, a escola ficou em clima de festa. “É gratificante ver que você teve participação naquilo, porque o aluno vai para outra realidade. Você vê a mudança quando encontra um estudante depois que ele entra no Ismart. É visível a evolução, é impressionante. Faz valer a pena o esforço.”

Rosália exibe com orgulho o pin de ouro, em forma de coruja, que ganhou ao ser condecorada como embaixadora no Encontro Ismart com Educadores da Rede Pública de 2014. “Se você acredita no projeto, o aluno percebe. Do mesmo jeito que o pessoal do Ismart sempre fala que o olho do estudante tem de ter o brilho de quem busca o conhecimento, o olho do educador tem de brilhar também para refletir no aluno.”

Ainda mais entusiasmada com o projeto depois que se tornou embaixadora, Rosália reconhece: “São pouquíssimos os alunos se encaixam no perfil que o Ismart procura. Quando a gente identifica um desses, não dá para perder. Quando ele passa no processo seletivo, sua vida muda completamente. O Ismart é uma chance que não bate duas vezes na porta”.