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* Por Larissa Spina

Cheguei à renomada Yale em um dos dias mais quentes do verão americano. A viagem por si só já foi uma aventura. E, apesar de todo o desgaste, cansaço, ansiedade e medo (sim, isso também!), finalmente caminho pelo câmpus da tão almejada universidade. Caminho em meu sonho. Mentirei se disser que lembro com exatidão deste dia. Tudo aconteceu tão rápido e o nervosismo era grande! Entre muitos pensamentos/sentimentos dois se destacam: a ansiedade para conhecer os meus novos colegas (que são de todos os lugares do mundo) e o medo por estar em um país de língua diferente.

Vista do centro do câmpus de Yale

Vista do centro do câmpus de Yale

O primeiro passo foi me instalar no que seria a minha casa por três semanas. Os dormitórios são compostos de forma que você possa se relacionar com diversas pessoas, as quais serão sua “família” neste período. Há quartos para uma ou duas pessoas, e para cada sete há uma sala para convivência (e um banheiro). Infelizmente, apesar de ter solicitado um quarto duplo, eu ganhei um quarto single, o que significa que estou sozinha no meu quarto. Mas isso não é empecilho para fazer amigos e conhecer pessoas! Nos reunimos e passamos horas conversando.

Meu quarto: dormitório do edifício Durfee

Meu quarto: dormitório do edifício Durfee

Na verdade não há muito tempo livre. Sempre temos atividades (até as 22h), e os dias começam cedo. Então, se você está pensando em, assim como eu, participar deste curso de verão e trazer uns três livros, porque acha que não tem o que fazer antes de dormir e tem muito o que ler, sugiro que mude de ideia! Eu mal tenho tempo para descansar! Yale não é um lugar para relaxar, ou repor as energias. É um lugar para gastá-las, e aproveitar ao máximo o verão (americano)!

Edifício Durfee, minha casa nestas três semanas

Edifício Durfee, minha casa nestas três semanas

As classes são simplesmente maravilhosas! Até o momento, participei de três aulas diferentes: Teatro (atuação + direção), Sociologia da Moral e Edição de Filme.

Nas aulas de Teatro nós estamos sempre criando nossas próprias cenas e analisando quais elementos ela deve ou não ter. Em cada uma delas alguém fica encarregado da direção: o maestro, coordenador da cena. Estas aulas são bem divertidas, um momento de descontração.

As aulas de Sociologia da Moral são completamente diferentes das classes que eu assisto no Brasil! Aqui não há resposta certa, e não se pode ter medo de arriscar! Toda opinião é válida. Pelo material apresentado, o professor direciona nossa discussão, e essa é a base da aula. Também utiliza jogos e experimentos, para que possamos analisar a sociedade e as relações humanas.

O workshop de Edição de Filme é um dos meus momentos favoritos. Eu passei a reparar em coisas que nunca havia parado para pensar, por exemplo, o poder que o editor tem. Ele direciona a história para onde desejar, de acordo com os recortes e enfoques utilizados. É possível destacar alguns fatos e omitir outros, e assim manipular o telespectador. Em meu projeto final para este curso, estou transformando vilões da série de TV “Game of Thrones” em heróis, e isso apenas editando as cenas já existentes!

Estes dias estão entre os mais intensos da minha vida. Estou simplesmente amando as experiências que estou tendo aqui (apesar de sentir falta da minha cama). Definitivamente, eu estou aproveitando o verão!

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