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Informativo para Educadores – Junho 2017

* Esta é a íntegra da newsletter do programa “Deixe sua Marca”, enviada por e-mail aos educadores interessados em acompanhar mais de perto o trabalho do Ismart.

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Apresentação

Caros educadores, entramos na reta final de inscrições para o processo seletivo do Ismart! Os candidatos devem realizar o cadastro e o teste online somente até 3 de julho, nesta página. Por isso, nesta edição da newsletter do programa “Deixe sua Marca”, pedimos à professora Rosália Oliveira, embaixadora do Ismart na rede pública de ensino, para dar dicas práticas de como os educadores podem ajudar alunos nesta etapa. Abordamos ainda a expansão do Ismart, com mais oportunidades oferecidas no Rio de Janeiro. E Francisco Marcelino, palestrante convidado do nosso Encontro com Educadores, fala sobre as questões que ficaram sem resposta durante o evento. Boa leitura!

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Tema do mês: Expansão do Ismart no Rio

Com o objetivo de atender mais alunos talentosos e ampliar a área de atuação no Rio de Janeiro, o Ismart oferecerá mais vagas na capital carioca em 2018. Neste atual processo seletivo, serão identificados até 60 novos bolsistas para o Projeto Alicerce e 40 para o Bolsa Talento – em 2016, por exemplo, o Ismart selecionou, ao todo, 72 estudantes no Rio. As novas vagas serão concentradas na zona oeste da cidade, em uma parceria com o Colégio pH – unidade Barra da Tijuca.

“Por causa da distância das escolas parceiras do Ismart, alunos da zona oeste muitas vezes nem se inscreviam para o processo seletivo”, diz a gerente do Ismart no Rio, Celina Costa Pinto. “Alunos talentosos existem em todo lugar e, agora, eles poderão ser direcionados para uma escola mais próxima da casa deles.”

Celina explica que, se antes o Ismart atuava em 5 Coordenadorias Regionais de Educação (CREs), agora poderá atender 9 mais facilmente. “Só na 10ª CRE temos quase 90 mil alunos. São jovens que antes não tinham essa oportunidade do Ismart e que agora poderão ter”, diz Luis Carlos Nunes, assistente da Gerência de Educação (GED) da 10ª CRE, em Santa Cruz.

A bolsista do Ismart Hanna Carolina Nunes, de 14 anos, mora na zona oeste e, com muita dedicação, vem se destacando no Projeto Alicerce. Pela manhã ela cursa o 9º ano do ensino fundamental na Escola Municipal Cora Coralina, em Campo Grande, e à tarde frequenta o curso preparatório no Colégio pH de Botafogo, na zona sul. São cerca de 120 quilômetros rodados diariamente – e pelo menos cinco horas no transporte público. “Aproveito o tempo que passo no ônibus para estudar. É uma questão de planejamento”, diz. Dois sábados por mês ela ainda participa de um programa de iniciação científica para medalhistas da Obmep. Será que Hanna fica cansada? “Só na sexta-feira. Mas estou aprendendo tanta coisa, que vale a pena”, conta a estudante, que celebra a expansão do Ismart para uma escola mais perto de casa.

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Dicas práticas

Por sua ampla experiência na inscrição de alunos, pedimos à professora Rosália Oliveira, uma das três embaixadoras do Ismart em São Paulo e diretora da EMEF Bartolomeu Lourenço de Gusmão (DRE Itaquera), que desse algumas dicas para garantir o sucesso dos candidatos na primeira fase do processo seletivo. Confira:

– Converse com vários professores para identificar os talentos da escola. Alunos podem mostrar potencial de maneiras diferentes.

– Marque uma reunião com os alunos para explicar o Ismart e faça com que percebam a seriedade do processo seletivo, que vai exigir responsabilidade e motivação.

– Chame os pais para conversar em um horário que seja conveniente para eles, como no final do dia. Utilize material do Ismart para explicar o projeto e responda a todas as dúvidas.

– Combine um horário no laboratório de informática para fazer a inscrição de todos os alunos. Nesse mesmo dia, é importante garantir que todos realizem o teste online.

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Você sabia?

O número de candidatos que preenche o cadastro do processo seletivo mas não realiza o teste online vem caindo nos últimos anos. Se antes 1 a cada 5 alunos era desclassificado do processo seletivo por não responder às questões do teste, neste atual processo seletivo o número está em 12%. Isso significa que, com a ajuda dos educadores, mais candidatos estão entendendo melhor o funcionamento do processo seletivo, ampliando suas chances de avançar para a segunda etapa (prova presencial)!

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Palavra do palestrante

Francisco Marcelino, professor do Instituto Federal do Piauí e coordenador do Laboratório de Robótica, Automação e Sistemas Inteligentes (Labiras), foi um dos convidados do Encontro com Educadores em São Paulo e no Rio de Janeiro. Como não houve tempo para ele responder a todas as perguntas do público durante os eventos, pedimos que desse retorno para algumas outras questões enviadas por vocês. Confira as respostas abaixo e as fotos dos eventos no nosso Flickr:

Como podemos trazer projetos de robótica para mais escolas públicas, levando em consideração apoio e financiamento?
Primeiramente deve-se ter um apoio interno e trabalho em equipe de professores junto com a diretoria para que o projeto tenha sucesso e envolva os alunos da instituição. Quanto ao financiamento, a minha sugestão seria começar com kits de Arduino e experimentos simples de eletrônica e interação com computadores. Os tipos de experimentos e suas complexidades vão se desenvolver dependendo da experiência da equipe de professores na área de eletrônica (pode ser bem básico mesmo) e programação. Isso porque kits de Arduino e componentes eletrônicos são bem baratos – o Arduino sai por uns R$ 30, componentes eletrônicos tem peças de R$ 0,20 a R$ 20, em média. Com pouca verba dá para fazer excelentes projetos para feiras de ciências ou pequenas competições que motivam, e muito, os alunos. Para a captação dessa verba é muito bom ter interlocução entre professores e direção para aplicar recursos vindos do governo para fins de extensão, levando em consideração que cada instituição tem uma realidade diferente. E, na pior das hipóteses, os professores junto com os alunos podem repartir os gastos por ser muito barato desenvolver pequenos projetos.

Como fazer bom uso do celular e da tecnologia em sala de aula?
Particularmente durante as minhas aulas, durante exercícios ou apresentação de algum conceito mais difícil de ensinar, como em eletricidade, por exemplo, solicito aos alunos que busquem na internet informações sobre o tema e peço para que expliquem o que encontraram. Cada aluno tem uma definição pessoal e acabo fazendo com que a turma toda comece a trabalhar de maneira colaborativa com as informações pesquisadas. Por fim, fecho o conceito juntando as definições de todos da turma. Essa é uma das maneiras que uso, mas não é definitiva. Cada professor, de cada área de conhecimento, pode articular e criar situações para que os alunos vejam e usem o celular como uma ferramenta de pesquisa útil para eles, que poder ser usada além das redes sociais. Não existe uma maneira mágica. Cada professor pode se adaptar da melhor maneira possível. E essa troca de experiência entre professores é algo excepcional e proveitoso.

Como aproximar a ciência de alunos de escolas públicas e seus familiares?
Uma boa opção são feiras de ciências e competições entre turmas (ou até colégios) fazendo projetos integradores com a aplicação de tecnologias. Para aproximar a família, pode-se convidar os pais para verem seus filhos apresentando projetos ou equipes de competição. A presença dos pais aumenta a autoestima dos seus filhos e reforça a integração familiar, uma vez que nesses eventos o protagonismo dos alunos é o ponto chave.

Qual a sua maior dificuldade em trabalhar com Scratch e o Arduino?
A maior dificuldade é a falta de experiência na área de programação e eletrônica dos professores envolvidos. É essencial envolver os alunos e fazer deles monitores (multiplicadores) dessas iniciativas. Por meio de eventos, como competições ou feiras de ciências, é possível incentivar o sentimento de criatividade e trabalho em equipe. É importante também incentivar alunos a participar de eventos fora do colégio onde estudam.

Quando ocorre e Mostra Nacional de Robótica e por que participar?
É um evento que costuma acontecer no mês de outubro. Mais informações podem ser vistas em: www.mnr.org.br. A participação incentiva, e muito, os alunos por alguns motivos:
1 – um projeto deve ser pensado, planejado e executado pelos alunos com orientação de um professor, incentivando-se assim o trabalho em equipe;
2 – depois de executado, o projeto deve gerar um relatório e posteriormente um artigo cientifico. E é essencial um aluno no ensino fundamental e médio ter esse contato com o mundo acadêmico e o pensamento criativo e aplicado;
3 – e finalmente o aluno participará de um evento de nível nacional, onde poderá interagir com outros estudantes, escolas e empresas do Brasil todo e até de outros países.
Enfim, os alunos terão a oportunidade de aplicar na vida real o que é visto na sala de aula de maneira teórica e às vezes meio chata.

Existe algum projeto de robótica em São Paulo voltado especialmente para o ensino fundamental público?
Há diversas iniciativas tanto em São Paulo, como em todo Brasil. Em São Paulo não tenho como precisar experiências específicas, mas sugiro buscarem alternativas, parcerias ou pelo menos dicas junto aos institutos federais. Neles temos muitas experiências com essa pegada por termos cursos técnicos e laboratórios específicos. E estamos sempre de portas abertas para colaborar com a rede pública municipal e estadual de ensino.

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