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Stanford – até onde os seus sonhos podem lhe carregar

*Por Guilherme Rocha

Todos do dormitório B.O.B em atividade de descontração

Olá ismartanos! Meu nome é Guilherme e, de julho a agosto desse ano, eu tive o privilégio de participar do Stanford Pre-Collegiate Summer Institutes (SPCS) e venho aqui compartilhar essa aventura com vocês!

Mas, você deve estar se perguntando, o que é o SPCS? Esse é um programa de 3 semanas na Universidade de Stanford, na Califórnia, onde alunos têm a oportunidade de viver como graduandos dentro do campus e aprender sobre assuntos específicos com professores e palestrantes associados à universidade.

Eu, em específico, fui escolhido para participar do curso “Legal Studies: How to Become an Effective Critical Thinker”. Nesse curso, eu tive a oportunidade de me aprofundar em toda a constituição americana e suas considerações tratando de direito criminal e civil.

Além disso, vivi em uma casa chamada B.O.B, localizada no centro do conjunto de casas, junto com todos os meus colegas de classe e os alunos da classe de “Digital Marketing”.

B.O.B dormitório onde fiquei por três semanas

Durante essas três semanas em B.O.B, eu fui colocado em um quarto para quatro pessoas, eu, Soma (um japonês), Yunji/Joey (um chinês) e Rona (um turco). Apesar de sermos tão diferentes, em nenhum momento essas diferenças nos afastaram; na verdade, muitas vezes elas nem apareciam, e a maior parte de nossas conversas envolviam coisas comuns de adolescente ou giravam em torno do programa como um todo.

Eu, Soma, Rona e Joey no penúltimo dia – por isso a bagunça, não éramos assim no dia-a-dia, cof cof

Além deles, pude fazer vários outros amigos no programa. Alkistis (uma grega) que muitas vezes me acompanhava no café da manhã; Rachel (essa aqui de Las Vegas mesmo), minha companheira de discussões sobre Boku no Hero; e Michael (um jordão) que sempre animava todo mundo com suas piadas e bom humor. Eu poderia citar mais várias outras pessoas que vou carregar comigo, mas infelizmente não tenho espaço para isso.

Durante essas três semanas, nossa rotina era composta de aulas das 9 às 12:00, almoço, sessões de estudo, atividades programadas, lanche e reuniões de dormitório. Normalmente, tínhamos aulas sobre um assunto complicado de manhã com nossa professora, Laura Cosovanu, e aprofundamos à tarde com a ajuda do material didático e dos assistentes de professor. As sessões da tarde, às vezes, também incluíam assistir a um filme ou um documentário para entremos melhor sobre determinada área da lei ou da situação daqueles que não são amparados por esta. Também tive diversas experiências marcantes dentro de sala: Interpretei uma mulher que havia perdido dois filhos e agora lutava por justiça em um julgamento, interpretei o advogado de um marido que queria um acordo pré nupcial, no dia seguinte, tive que interpretar a mulher dele, só que agora eles estavam dividindo bens após separação e, além disso tudo, no segundo dia de aula, fui puxado pro canto pela professora do programa, que me disse estar muito feliz de me ter aqui e disse que eu era “um cara especial” (sim, eu quase desmaiei depois disso, mas passei bem). Esse e outros vários momentos ajudaram a tornar meu summer inesquecível.

No entanto, o programa não era só relacionado a estudos. Tínhamos também as atividades programadas que não eram nada relacionadas ao acadêmico no geral. Todo dia éramos sorteados para participar de atividades que variavam desde yoga (participei e fiquei dolorido) até futebol e frisbee (participei e o frisbee acertou minha cabeça duas vezes). Essas atividades eram nosso momento de descontração, onde podíamos conversar e conhecer e interagir com pessoas de outras casas. Além dessas atividades, todas as sextas-feiras à noite tínhamos uma fogueira com as casas do “Lower Cluster” (conjunto de três casas onde B.O.B ficava), e passeios diversos durante o final de semana (como, por exemplo, praia e museu de artes contemporâneas).

Pintura no Museu de arte contemporânea

Para mim, esse summer foi, de longe, o ponto alto do meu Ensino Médio. Eu pude fazer amigos incríveis não só se tratando de suas conquistas acadêmicas, mas também de suas personalidades e experiências de vida. Pessoas que, desde o começo, se mostraram abertas a me receber e a viver essas três semanas não só como colegas mas como uma família, que estava ali, junta, independentemente de todas as diferenças que tínhamos entre nós.

Além de tudo que já pontuei, essas três semanas também foram muito importantes para que eu confiasse mais em mim mesmo. Mesmo tendo um inglês bom, ao chegar lá, eu evitava falar, muitas vezes por vergonha do meu sotaque ou de usar palavras excessivamente formais. Poder ver minha confiança crescer nessas semanas até, no último dia, eu conseguir interpretar e apresentar meu papel como vítima de um crime na frente de toda a classe foi muito importante para mim. Eu pude ver que, mesmo quando você acha que chegou ao topo, sempre é possível continuar melhorando e aprendendo.

Por fim, acho importante agradecer ao ISMART, ao Poliedro e à Prof° Anelisa por tudo até hoje. Graças a eles, eu pude ter essa experiência incrível. Eu pude viver esse sonho e voltar para o Brasil, carregando todas as minhas memórias e experiências lá, decidido a viver esse momento por mais 4 anos.

Assim como essa experiência me transformou, eu espero que esse pequeno texto inspire vocês a continuar seguindo em frente. Minha mensagem final é:

Confiem em si mesmos e nos seus sonhos. Deixem eles lhes carregarem, ajudando-os a superar todos os desafios e dificuldades e fazendo vocês alcançarem alturas inimagináveis.

 

+LEIA MAIS: A jornada que meus sonhos me levaram (Guilherme Rocha |Summer Program 2018)