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“O ISMART me apresentou oportunidades que na escola pública eu nunca tinha ouvido falar. Durante meu Ensino Fundamental eu nunca sequer imaginei que eu ia sair do país, mas o ISMART me apresentou o mundo, me ajudou a alcançar tudo que eu tenho hoje”.

Guilherme Santos Rocha pode se orgulhar de, aos 17 anos, ser um dos poucos brasileiros de sua idade e ter estudado sobre buracos negros. Bolsista Ismart no colégio Poliedro, em São Paulo, ele passou duas semanas na Universidade de Harvard, no estado de Massachussets, nos Estados Unidos, onde aprendeu sobre o fenômeno espacial.

Chegar a Harvard em junho do ano passado, no entanto, não foi o primeiro de seus feitos. Ainda em 2018, ele já tinha passado outras três semanas na Universidade de Stanford, na Califórnia, onde frequentou o curso de Estudos Legais e aprendeu sobre as leis americanas.

“Minhas experiências em Harvard foram muito mais acadêmicas. Peguei um curso muito complicado, ficava até seis horas diárias fazendo lição de casa e aprendendo os conceitos que o curso requeria. Não me arrependo, pois consegui aprender muito”, conta, empolgado. “Esse ano em Stanford superou todas as minhas expectativas: eu consegui equilibrar o lado acadêmico com o pessoal, formei amizades incríveis e guardo comigo memórias inesquecíveis com pessoas inspiradoras”.

Tais feitos levaram Guilherme a conquistar o prêmio Protagonistas Ismart 2019, junto a outros dois bolsistas. Diante de uma plateia de mais de 700 alunos, além de familiares, ele dividiu sua história no Talk ISMART Show.

“Pra mim, o importante mesmo não foi o prêmio, mas a possibilidade de inspirar pessoas, assim como eu fui inspirado na convenção. Sempre foi importante pra mim sentir que, através do meu esforço, eu poderia inspirar pessoas a correrem atrás de seus sonhos”.

Essa vontade o levou a assumir o cargo de embaixador InspiraSonho, instituto com foco em empoderar jovens talentosos como ele. Apesar de não ocupar mais o cargo, ele ainda atua como alumni, dividindo sua experiência com outros jovens que querem se tornar embaixadores e ajudando no processo seletivo para este cargo.

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Hoje Guilherme, que mora com o pai e a mãe no Jardim Romano, bairro localizado entre São Paulo, Itaquaquecetuba e Guarulhos. É um dos três melhores alunos de sua escola. Ele vê em seus esforços a possibilidade de realizar seu grande sonho: ajudar a mãe, que trabalha como sacoleira em São Paulo.

“Eu cresci ajudando minha mãe no trabalho dela de sacoleira, debaixo do sol quente, carregando sacolas para os clientes dela. Eu queria ajudar mais do que eu fazia, queria dar uma boa vida pra ela. E, por isso, decidi que queria me dedicar à escola, ingressar em uma universidade, conseguir um bom emprego e sustentá-la”.

Tal oportunidade chegou quando ele conheceu o ISMART. Aluno de escola pública durante o Ensino Fundamental, ele chegou a conquistar uma medalha na Olimpíada Brasileira de Matemática, mas foi no Poliedro, onde ingressou em 2017 graças ao programa de bolsas do ISMART, que viu sua vida acadêmica dar um salto.

“O ISMART me apresentou oportunidades que na escola pública eu nunca tinha ouvido falar. Durante meu ensino fundamental eu nunca tinha imaginado que eu ia sequer sair do país, mas o ISMART me apresentou esse mundo, me ajudando a alcançar tudo que eu tenho hoje”.

Quem pensa que ele se dedica apenas aos estudos no Poliedro e às atividades como alumni está muito enganado: Guilherme desenvolveu um aplicativo chamado Educa Ação, que compartilha oportunidades educacionais com outros alunos e que, por enquanto, está disponível apenas em São Paulo. Ele também dá aulas de Matemática e aulas preparatórias para o processo seletivo do ISMART. Também criou um programa de embaixadores em sua comunidade, com o objetivo de estimular a autonomia dos alunos de escolas públicas. E está desenvolvendo uma pesquisa para identificar como aplicar o uso da tecnologia para o compartilhamento de oportunidades educacionais em escolas da rede pública de ensino. O objetivo, segundo ele, é encontrar as melhores formas de atingir os alunos de escola pública por meio da tecnologia.

E ele não para por aí: quer fazer graduação fora do país, de preferência na universidade de Columbia, em Nova Iorque. Para isso, já está participando do processo seletivo, que nos Estados Unidos funciona de maneira diferente do Brasil. Além de ter boas notas, o candidato precisa fazer atividades extracurriculares e realizar as provas para a admissão, que são pagas através de programas de parcerias. Além de Columbia, onde pretende fazer dupla graduação em Física e Ciências Sociais, Guilherme pretende tentar outras oito faculdades americanas. E já tem planos, inclusive, para depois de formado.

“Depois da graduação e antes de voltar para o Brasil, quero ter experiência com desigualdade social em primeira mão, então pretendo ficar um tempo na Nicarágua ou em Honduras, dando aulas e instaurando projetos voltados à educação em comunidades carentes. Depois disso, quero voltar para o Brasil, e trabalhar com educação e/ou infraestrutura de cidades, principalmente em Alagoas, no Nordeste, de onde minha mãe teve que sair pela falta de oportunidades”.

 

Tudo isso aos 17 anos. Guilherme é ou não é um garoto de futuro? #OrgulhoIsmart!