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BlogUniversitários

Raio X – Lucas Lelis

Nome: Lucas Lelis Graciano

Idade: 17 anos

Vai pra onde? Universidade de Chicago, estudar Economia e Ciências Políticas.

O que você pensou quando recebeu o resultado? Eu estava no churrasco de formatura e no meio da gritaria e do futebol eu vi o e-mail me notificando que o resultado tinha saído. Eu já sabia que sairia naquele dia mas não esperava que fosse naquele horário. Meu amigo me convenceu a abrir (eu não estava me sentindo nem um pouco pronto para abrir ou confiante). Quando eu vi as letrinhas de “congratulations” se movendo, eu simplesmente não consegui acreditar. Meu amigo estava lendo também e quando viu ficou pulando comemorando do meu lado e eu ainda estava em choque. Pedi para duas pessoas diferentes lerem e me confirmarem se era aquilo mesmo (esse era o nível da incredibilidade) e quando me toquei, agradeci a todos que estavam me parabenizando e contei a todos. O sentimento de descrença misturado com alívio foi único, sentir que foi o ano mais desafiador da minha vida mas que o resultado concreto estava ali na minha mão.

Como se preparou para chegar lá? O processo de escrever essays precisou de muito tempo de autorreflexão e, por vezes conversar com outras pessoas que aplicaram para ajudar a brainstorm com as críticas delas. Quanto aos testes, gastei inúmeras horas de estudo, noites em claro e muito simulados impressos para alcançar as notas que queria. Meu suporte, para além do ISMART, veio inteiramente do programa Oportunidades Acadêmicas da Education USA e do Prep Estudar Fora, o BRASA também fez contribuições, sem eles, sei que não seria aprovado. Eu acredito que estudar nos EUA seja um projeto de mais de um ano, eu pelo menos buscava esse objetivo desde o primeiro ano e sempre que tinha que participar de um ambiente voltado a isso, ir fazer as provas em colégios bilíngues do Rio, etc eu via que alunos que se candidatam ao exterior, em sua grande maioria, pertencem a uma classe socioeconômica e a uma cor que não são as minhas. A minha analista do ISMART, Ana Duarte, foi crucial através de todos esses anos, me lembrando constantemente que eu devo “me apropriar de minha jornada”, como ela bem fala, sempre trabalhando comigo a questão da autovalorização e o pertencimento aos espaços aos quais tenho acesso.

O que você diria para os bolsistas novatos do Ismart? Aos novos ismart(i)anos, sejam bem-vindos a essa instituição que se tornará muito mais do que um patrocinador. Com o tempo, desejo que o ISMART se torne para vocês o que é para mim (e sei que se tornará): uma família. A oportunidade e o privilégio de ser ismart(i)ano é único, sei o quanto precisamos nos esforçar para carregar esse mérito, não só a persistência acadêmica mas também a constante questão de pertencimento, mas vale muito o esforço.