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BlogUniversitários

Raio X – Guilherme Rocha

Nome: Guilherme Rocha
Idade: 17
Vai pra onde? Amherst College, estudar Física. Mas fui aprovado também em Haverford. 

O que sentiu quando passou? Para mim, apesar de ser importante, o application sempre foi mais um caminho para o meu objetivo final do que o meu sonho grande em si. Eu quero ser o tipo de líder que as pessoas admiram não pelas conquistas, mas sim, pela personalidade. Eu quero ser alguém que consegue sempre sorri, que consegue ser corajoso para lutar pelo que acredita, que tem maturidade e pragmatismo, mas também é empático. Eu não quero mais ser aquele que é salvo, eu quero ser o herói que salva o dia.Pensando nisso, o resultado não deveria mudar meu valor, certo? Hoje, é fácil falar que sim. O problema é que após duas rejeições e um deferral em universidades americanas eu não tinha mais tanta certeza disso e, por isso, no começo do dia 19, eu estava com as expectativas mais baixas possíveis e já tinha começado a pensar como seria meu Gap Year. O dia inteiro eu me planejava, o que eu ia fazer, como eu queria fazer e qual seria o meu plano se eu não passasse no próximo ano também. Inevitavelmente, chegou um ponto em que eu comecei a duvidar da minha capacidade de me tornar o líder que eu queria ser. Isso com certeza não era só por causa do resultado, era resultado do meu hábito constante de achar, no fundo no fundo, que eu não ia conseguir, algo que a ansiedade pelo resultado só trouxe para fora. Mesmo que eu me repetisse que esse resultado não importava para mim, eu só estava fugindo da realidade e da minha falta de confiança. Eu pensei em tudo que eu já tinha passado, não só naquele ano, mas em toda a minha trajetória no ISMART. Eu pensei em tudo que eu já tinha feito, mesmo sem esses resultados. Por isso, nesse dia, eu prometi para mim mesmo que eu não ia deixar esse resultado me definir. Ele era só um detalhe. Independentemente do caminho que seguisse, eu ia me tornar a pessoa que eu queria ser.
O tempo passou, deu 18:21: O resultado saiu. Abri com calma o portal. Olhei – aprovado. Confirmei e fechei o e-mail. Fiquei feliz, agradecido, contei e agradeci a todos que me ajudaram, mas era isso. Um momento feliz, um detalhe, nada definidor, nada além de um de vários outros momentos da minha vida.
Eu pretendo continuar com isso. Eu me recuso a deixar com que qualquer tipo de resultado defina que tipo de pessoa eu vou ser.
Eu vou ser mais que um resultado.
Independentemente do que aconteça, eu vou ser o herói que eu quero ser.

Como se preparou para chegar lá? Sinceramente? Eu não sei se consigo dizer que eu estava preparado para esse processo. Foi um ano bem difícil, tentando equilibrar vestibular com applications e necessidades humanas básicas. Muitas vezes eu me perguntava se valia a pena ou se eu ia mesmo conseguir. No geral, sempre que eu precisava de uma motivação extra ou de um momento para me acalmar, eu só ficava perto dos meus amigos ou da minha família, o que me levava para longe desse mundo estressante e me dava energia para continuar. Ficar perto deles sempre foi meu remédio contra o stress e com certeza funcionou muito bem esse ano.
Academicamente falando, eu devo tudo isso ao ISMART, ao Better Angels, ao PREP Estudar Fora, à Anelisa, ao Poliedro, à BRASA e ao Oportunidades Acadêmicas. Com a ajuda dessas instituições, eu fui capaz de me preparar para os testes requeridos (SAT e ACT), fazer as exaustivas essays onde eu tinha que, muitas vezes, falar sobre mim com mais propriedade do que eu realmente achava que tinha, e participar das entrevistas, falando de forma mais confiante do que eu realmente era. Graças à ajuda dessas pessoas, eu fui capaz de conseguir esse objetivo.

O que você diria para os bolsistas novatos do Ismart? Todo mundo gosta de ser o aprovado, todo mundo gosta de falar daquela medalha que ganhou, ou daquele concurso em que ficou em 1° lugar. É verdade, essas coisas são dignas de menção, e são coisas das quais devemos nos orgulhar. Ainda assim, como eu já disse, isso são detalhes, e nenhuma medalha ou aprovação define o valor de ninguém. A verdade é: Se você não consegue reconhecer seu próprio valor, nada disso importa.