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Hoje em dia, os estudantes em idade escolar são os pertencentes à chamada geração Z. Altamente conectados ao mundo digital, alguns desses jovens se tornam extremamente dependentes da tecnologia, permitindo que ela realize atividades básicas do seu dia a dia que poderiam ser feitas por eles mesmos ou deixando de viver experiências com o mundo concreto. Com isso, podem ter dificuldade em algumas capacidades fundamentais, como raciocínio lógico e argumentação. Resta aos educadores uma importante missão: como desenvolver o pensamento crítico das crianças e adolescentes da atualidade?

Quem é a geração Z?

Ela representa os jovens que nasceram na primeira década do século XXI, quando o mundo já estava totalmente adaptado à internet e às inovações tecnológicas. A geração Z vem após a geração Y, a qual engloba os denominados millenials, isto é, os nascidos nas duas últimas décadas do século XX. Ambos os grupos compõem os chamados nativos digitais por sua conexão com a tecnologia, mas sua diferença está no fato de que os millenials presenciaram a expansão da internet, enquanto os mais novos já vivem essa transformação completa do mundo.

Algumas das principais características da geração Z consistem em passarem muito tempo conectados à internet. No geral, sentem bastante o impacto das redes sociais, o que pode afetar a sua saúde mental; buscam sempre as novidades tecnológicas, ficando tristes caso não consigam adquirir alguma delas (como um modelo de celular mais novo, um video game); e querem usar o celular até mesmo durante as aulas na escola e as refeições para conversar com colegas, tirar fotos, ver as redes sociais. Esse tipo de comportamento atrapalha o desempenho escolar desses jovens, o que inclui não apenas a parte acadêmica, mas também o desenvolvimento do pensamento crítico e sua formação como adultos, profissionais e cidadãos.

Quais habilidades fazem parte do pensamento crítico?

Antes de compreender como desenvolver o pensamento crítico dos alunos, é importante que o educador entenda quais habilidades e competências o formam para, assim, explorá-las nas atividades que propõe. Elas são:

  • Boa ligação entre as ideias, fundamental para o pensamento lógico e a capacidade de argumentação;
  • Senso para determinar níveis de relevâncias para fatos, dados e argumentos;
  • Diferenciação de fatos e de opiniões, podendo não apenas formar seus argumentos, mas reconhecer os dos outros;
  •  Identificação de incongruências, erros de raciocínio e quebras de padrão;
  • Resolução de problemas de forma sistemática;
  • Curiosidade sobre diversos temas;
  • Reflexão sobre seus posicionamentos, valores e crenças, o que lhes permite se atualizar ou mudar de ideia e opinião.

O desenvolvimento do pensamento crítico é tão importante que, ao lado dos pensamentos criativo e científico, é previsto pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC) como quesito básico a qualquer cidadão. É por ele que todos são capazes de articular os raciocínios de forma clara, racional e independente, o que afeta as escolhas pessoais de cada um e também as coletivas dentro de uma sociedade.

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Como desenvolver o pensamento crítico dos seus estudantes?

O exercício do pensamento crítico deve ser praticado constantemente em sala de aula e nas tarefas de casa. O bom é que ele é facilmente incrementado a diferentes atividades que o professor já aplica para a turma, basta que ele se atente em alguns detalhes que estimulam o raciocínio geração Z, como:

  • Realizar perguntas básicas: ao apresentar um assunto à classe, o professor precisa engajar os estudantes a partir de perguntas. Elas não precisam ser complexas, apenas fazer com que eles já começam a refletir sobre algo que, provavelmente, estão tendo um contato inicial, mas que podem interligar com conhecimentos anteriormente adquiridos.
  • Separar um tempo para a reflexão dos estudantes: não é necessário que eles deem uma resposta imediata, podem pensar a respeito e responder depois ou, ainda, escrever a resposta. Aliás, esta é uma ótima forma de aprenderem a organizar as ideias.
  • Relacionar diferentes conhecimentos: desse modo, o professor cria conexões entre assuntos e mostra aos alunos que tudo é decorrente de uma cadeia de acontecimentos ou de diferentes fatores. Por exemplo, uma aula de história pode possuir conceitos de geografia, um exercício de matemática é capaz de considerar diversas variáveis para um cálculo.
  • Incentivar os alunos a colocarem a mão na massa: além da parte teórica de qualquer conteúdo, os estudantes precisam da prática. Assim, tomam decisões e ainda usam a criatividade. A criação de projetos aqui é importantíssima. Em um trabalho de ciências que envolva a criação de um robô, por exemplo, quais materiais serão usados? Qual forma ele terá? Como isso é funcional e se relaciona ao visto em aula? Os alunos são obrigados a refletir a respeito dessas questões.
  • Propor atividades em grupo: com isso, os estudantes interagem com os colegas, conhecendo outros pontos de vista ao mesmo tempo em que argumentam os seus próprios. Além disso, desenvolvem habilidades socioemocionais e a empatia.

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