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O diagnóstico definitivo para identificar as crianças com Altas Habilidades/Superdotação não é algo simples, já que é necessário um conjunto de avaliações e a observação do comportamento do jovem. Por esse motivo, a Organização Mundial da Saúde estima que 2 milhões de estudantes brasileiros possuam alguma superdotação, mas apenas 16 mil deles são verdadeiramente diagnosticados.

Quais são os testes para avaliar as Altas Habilidades/Superdotação?

Entender a superdotação não é uma missão fácil nem para a ciência que, até agora, a define como uma aptidão inata, ou seja, a criança com Altas Habilidades/Superdotação nasce assim devido a traços genéticos. Contudo, o ambiente é fundamental para o desenvolvimento total das habilidades, por isso, é preciso que o diagnóstico ocorra o quanto antes. Uma pessoa não estimulada na infância pode acabar perdendo seus talentos na fase adulta.

Desse modo, assim que pais, responsáveis ou professores suspeitam que o jovem possua alguma capacidade acima da média em relação aos outros da sua idade, é importante que ele seja submetido a diferentes testes para avaliar as Altas Habilidades/Superdotação a fim de ter um diagnóstico completo. A avaliação mais comum é a multidimensional, a qual leva em consideração fatores como a idade, a história de vida, as diferentes inteligências e as áreas de interesse da criança. É preciso ter em mente que inteligência não se refere apenas à perspicácia em exercícios de lógica ou matérias exatas, mas também às competências emocionais, sociais, artísticas, entre outras. Também pode ser necessária uma avaliação neuropsicológica que, por meio de testes, verifica a inteligência do jovem ao comparar os seus dados com os de outros de mesma idade e sexo. 

Todos esses métodos avaliativos para identificar crianças com Altas Habilidades/Superdotação têm como base a Teoria dos Três Anéis de Renzulli: eles observam as habilidades acima da média do jovem ao realizar uma tarefa, seu empenho e envolvimento com ela e a criatividade na execução, isto é, as ideias originais que encontra para solucionar algo. Para o estudioso Joseph Renzulli, são estes três pilares que caracterizam a superdotação.

SAIBA MAIS: Por que é importante identificar alunos superdotados e nutrir todos os tipos de Altas Habilidades/Superdotação?

A importância da escola na identificação de crianças com altas Habilidades/Superdotação

Muitas crianças com Altas Habilidades/Superdotação enfrentam desafios quando passam a frequentar a escola. Por exemplo, por assimilarem algum conteúdo mais rapidamente que os colegas, podem se sentir entediados ou impacientes e abandonarem os estudos. Por isso, é fundamental que as instituições invistam em profissionais capacitados para reconhecer e estimular esses jovens.

Mas, além do suporte de familiares e educadores, é interessante que outros profissionais sejam inseridos no processo de diagnóstico da superdotação, como psicólogos, psicopedagogos e neuropediatras, dado que este diagnóstico é complexo. A partir daí, a escola deve se preocupar com estratégias que desenvolvam e enriqueçam os talentos do estudante, elaborando atividades para crianças com Altas Habilidades/Superdotação específicas e criando um currículo flexibilizado e adaptado às suas necessidades. É um direito desses jovens serem inseridos adequadamente na educação.

No entanto, os educadores precisam se atentar para não exagerar na quantidade de exercícios passados ao aluno. Para ajudar os professores, o Ismart já elaborou orientações de como criar aulas inovadoras para jovens com Altas Habilidades/Superdotação, confira! E aproveite e siga o nosso portal para mais conteúdos sobre Altas Habilidades/Superdotação, dicas para educadores, alunos e muito mais!