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Histórias de Sucesso: Fabrício Neri

 

Nascido em São Paulo, Fabrício Neri sempre morou na região do Capão Redondo. Seus pais são professores, por isso sempre teve uma educação muito sólida em casa e o quanto estudar pode ser um ato transformador, diz Fabrício.

Durante seu ensino fundamental, em um tipo de escola pública chamada CEU, sendo os centros de ensinos unificados de São Paulo, adorava estudar porque lá era onde passava o dia todo, estudando, fazendo projetos ou praticando esportes, Fabrício conta que seu esporte favorito era o tênis. Ele ainda relata que essa vontade de sempre estar na escola ficava bem clara para os professores, por isso, sempre era convidado a participar de atividades extracurriculares, como, por exemplo, as Olimpíadas de Matemática.

No oitavo ano, sua professora de inglês lhe apresentou o Ismart e comentou que a oportunidade tinha tudo a ver com ele. A primeira coisa que fez após a aula foi ir até à biblioteca para pesquisar sobre. Ele conta que ficou tão animado com a oportunidade que passou as férias do oitavo para o nono ano apenas refazendo o simulado que tinha no site do Ismart. Fabrício refez tantas vezes a prova que já sabia de cor os enunciados, respostas, motivos pelo qual cada alternativa estava errada, etc. E a cada etapa que era aprovado no processo seletivo, ele ficava ainda mais animado com a possibilidade de estudar em um colégio que tivesse mais a me oferecer, mesmo sabendo que teriam desafios como locomoção, e outros.

Ele lembra que a sua etapa favorita do processo seletivo foi a entrevista com a psicóloga. Ele gostou daquela etapa porque pode contar sobre todos seus sonhos e tudo que mais gostava de fazer naquela época, que era estudar e ajudar seus colegas nas dificuldades que eles tinham na escola.

Na quarta fase do processo seletivo, enquanto esperava o resultado da entrevista domiciliar, seu pai também o incentivou a fazer o processo seletivo da ETEC, para caso eu não fosse aprovado. Ao fim da última etapa, foi exatamente o que aconteceu: foi selecionado para o Ismart Online ao invés de uma escola parceira e foi aprovado para realizar o ensino médio na ETEC Zona Sul, tendo passado em 8° lugar no processo seletivo.

Inicialmente, ele conta que ficou bem desapontado por não ir para uma escola parceira, mas depois ele viu que foi uma das melhores coisas que poderiam ter acontecido. Ele conta que teve tanto a oportunidade de estudar em uma escola de excelência, uma das melhores escolas públicas de SP, como também de ser um bolsista Ismart e ter acesso a uma rede de pessoas incríveis e transformadoras, além de conteúdos que lhe ajudavam a ir melhor ainda na escola e nos vestibulares.

Graças ao Ismart, ele pode conhecer outras instituições que foram cruciais em seu desenvolvimento, como a LALA (Latin American Leadership Academy), na qual foi aprovado no terceiro ano do ensino médio e pode se conectar com outros jovens líderes do Brasil, que sonham em mudar a América Latina.

Quanto aos vestibulares, ele tinha claro que eu queria algum tipo de engenharia, conta que amava resolver problemas, e especificamente com tecnologia, por isso engenharia da computação. Fabrício Neri conseguiu ser aprovado para estudar em universidades como UNIFESP, UNESP, USP e no INSPER com bolsa integral, que é onde estuda atualmente, no sexto semestre.

 

 

Confira mais da entrevista:

 

Em relação ao seu desenvolvimento pessoal, como foi a experiência de ser um Bolsista Ismart? 

O Ismart foi crucial para o meu desenvolvimento pessoal. Por ser do Ismart Online, eu comecei a aprender como realmente utilizar um computador, desenvolver métodos de estudos próprios, criar uma rotina e me organizar, porque eu tinha cerca de 6 provas semanais de português e matemática, além de uma redação estilo ENEM a cada 15 dias.

Além disso, eu precisei aprender a andar sozinho e conhecer a cidade de São Paulo, porque tinham eventos presenciais e nem sempre meus pais podiam me levar até o local ou ficar até o final para eu poder voltar com eles.

A rede do Ismart sempre foi muito inspiradora, porque mesmo quando você se destacava em algo, tinham pessoas que eram muito boas em outras coisas e você conseguia se inspirar nelas, então aprendizado e inspiração sempre foram duas coisas muito presentes.

Acho que o maior desafio era conseguir conciliar as atividades e manter a excelência, porque eu estudava em duas escolas praticamente, a ETEC e o Ismart Online, já que tinham sempre atividades toda semana, e no terceiro ano do ensino médio eu ainda fazia cursinho preparatório para o vestibular, então eram três jornadas.

 

Você participou de qual projeto? Como funcionou? 

Eu participei do projeto Ismart Online de 2017 até 2019 e em 2020 entrei para o Ismart Universitários. No Ismart Online eu tinha provas semanais de português e matemática e eram sempre com questões de vestibular, então era comum ver questões do ITA na prova mesmo estando no primeiro ano do Ensino Médio, além de redações do ENEM a cada 15 dias. 

Outra coisa que havia era eram as missões, eram atividades com foco socioemocional para desenvolvimento de competências socioemocionais. Através das missões, no primeiro ano do ensino médio, eu criei em grupo um aplicativo para que jovens pudessem desenvolver melhor sua autoestima e procurar ajuda em casos de depressão e conseguimos fazer com que 150 pessoas testassem o aplicativo.

Já no segundo ano do EM eu tinha o desafio de escolher uma profissão e após fazer várias entrevistas e passar um mês inteiro no INSPER entendendo como era o curso de engenharia da computação, eu decidi que essa seria a profissão que eu gostaria de ser.

 

De que forma a vivência em uma escola de excelência influenciou nas suas escolhas profissionais?

Mesmo não estando presencialmente em uma escola de excelência parceira do Ismart, a junção da ETEC com o Ismart Online sempre me fizeram perceber que eu queria fazer algo que eu gostasse e que eu pudesse mudar o mundo de alguma forma.

Ter tido a oportunidade de criar um aplicativo no INSPER durante as minhas férias de 2017 com ajuda dos estudantes de engenharia foi algo que mudou minha forma de ver o mundo, porque antes eu só achava que a única forma de ajudar as pessoas eram através de cursos da área da saúde, mas isso não é verdade, porque eu consegui fazer isso através da tecnologia.

Ali eu já tive a certeza de que eu queria algo com tecnologia e não medicina, como eu pensava.

Qual seu Sonho Grande? Quanto falta para realizá-lo?

Meu sonho grande é poder utilizar tecnologia para mudar o mundo e melhorar a qualidade de vida das pessoas. Eu ainda não tenho certeza de como ou no que vou fazer isso, mas sinto que já tenho um caminho.

Há pouco tempo, eu queria mudar a forma como o mundo lida com lixo eletrônico, um dos problemas mais preocupantes do futuro, cheguei a entrar em inúmeros projetos de sustentabilidade, como o monitoramento de rios pela SOS Mata Atlântica (projeto que ainda participo) e visitar empresas que reciclam lixo eletrônico, para entender como eu poderia utilizar tecnologia para mudar isso.

Contudo, eu fui pesquisando cada vez mais e percebendo que os tópicos de mudanças climáticas e sustentabilidade, tópicos que eu gostava tanto, eram micros de algo maior, cidades. Assim, eu percebi que outra abordagem poderia ser como utilizar tecnologia para tornar cidades mais inteligentes, e então resolver os problemas de sustentabilidade e mudanças climáticas.

Atualmente, eu faço pesquisa sobre como os diversos tipos de construção das periferias de São Paulo desempenham termicamente, um assunto de cidades inteligentes e sustentabilidade. Com essa pesquisa, eu quero entender quais desafios as pessoas da favela passam com o calor extremo do verão e o frio intenso dos últimos invernos de SP e então propor melhorias que possam ser aplicadas através de políticas públicas. Para isso, eu preciso obter dados qualitativos das casas por meio de dispositivos eletrônicos automáticos e em seguida analisados durante esses períodos.

Acredito que esse seja um passo pequeno do caminho que falta para eu poder criar soluções que mudem como as pessoas vivem e utilizam as cidades.

 

Você enxerga que a sua experiência no Ismart afetou a vida das pessoas à sua volta? De que forma?

Definitivamente afetou. Acho que entrar no Ismart tem um efeito inexplicável quanto as pessoas ao redor dos bolsistas, porque quem tem a vida mudada positivamente, também quer mudar positivamente a vida de outras pessoas. Eu trouxe muitas pessoas da minha antiga escola para o Ismart, através de visitas durante o processo seletivo, como também convenci pessoas a prestarem outros processos seletivos, como da LALA, vestibulares, etc.

Outro ponto é sobre paixão, ser apresentado a um tema por alguém apaixonado por ele muda sua perspectiva, e muitos alunos do Ismart Online me disseram isso enquanto fui professor de programação deles durante a pandemia. Eles decidiram fazer cursos na área de tecnologia por conta das aulas que dei para eles.

 

Qual conselho você deixa para as pessoas jovens que se inspiram na sua trajetória?

Não tenham medo de errar. Eu sempre tive muito medo de errar e os momentos que não ocorreram como eu esperava foram os que mais me desenvolvi. Um “não” pode não fazer os planos ocorrerem como você esperava, mas não impede que o objetivo final se realize.

 

E para o futuro, quais são seus sonhos e desejos? Qual a sua contribuição para transformar a vida das pessoas e contribuir com um mundo melhor?

Eu quero muito poder utilizar tecnologia para mudar a vida das pessoas, mesmo que em última hipótese seja apenas como um projeto pessoal e não como profissão.

Talvez não seja através do tema de cidades inteligentes, mas toda a minha vida se relaciona a atividades sociais, então tenho certeza que de alguma forma meu futuro estará ligado nisso.

 

História inspiradora, não é? Assim como o Fabrício, muitos jovens sonham em estudar e mudar seu futuro. O Ismart tem como objetivo motivar, apoiar e reconhecer talentos para tornar esses sonhos realidade. Saiba mais sobre nossos projetos navegando no nosso site. 

 

 

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