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No Brasil, as primeiras histórias em quadrinhos surgiram em 1869. A primeira publicação foi realizada pelo cartunista Angelo Agostini em 30 de janeiro, com o título de “As aventuras de Nhô-Quim ou Impressões de uma viagem à Corte”.

Na atualidade, comemoramos nesta mesma data o Dia Nacional das Histórias em Quadrinhos, lembrando a relevância das HQs na cultura do país e no processo de jovens e crianças desenvolverem o hábito da leitura.

E, para celebrar, trouxemos alguns dos grandes autores brasileiros de cartuns e histórias em quadrinhos e suas principais obras. Confira!

Benefícios das histórias em quadrinhos na educação

As HQs estimulam os nossos sentidos e nos envolvem nas tramas por meio de artifícios audiovisuais, como as ilustrações, os balões de fala e as onomatopeias. Por isso, fazer o uso das histórias em quadrinhos na educação pode facilitar o contato dos estudantes com a leitura de uma forma leve e descontraída.

Além do mais, esse formato possibilita a reflexão sobre temas importantes na sociedade e o retrato de acontecimentos do mundo. Diferentes disciplinas, como Língua Portuguesa, línguas estrangeiras, História, Geografia e até mesmo Ciências, se beneficiam com as tirinhas no aprendizado.

 

Cartunistas e quadrinistas brasileiros

1. Mauricio de Sousa

Mauricio de Sousa começou a expressar os seus dons na infância, brincando de desenhar nos cadernos da escola. Ainda nessa época criou o seu primeiro personagem, o “Capitão Picolé”.

A sua carreira com as histórias em quadrinhos começa a ser construída aos 19 anos, quando se muda para São Paulo em busca de realizar o sonho de ser ilustrador. Após trabalhar como redator e repórter policial, publica em 1959 a sua primeira tira vertical pelo jornal Folha de São Paulo.

A partir de 1963 passou a publicar para a Folhinha, o caderno infantil da Folha de São Paulo. Aos poucos foi criando novos personagens, que hoje são conhecidos por compor as histórias de “A Turma da Mônica”.

Atualmente, Mauricio de Sousa é celebrado mundialmente pela sua personagem principal, Mônica. Inspirada em sua filha de mesmo nome, Mônica ganhou o mundo e se tornou um símbolo importante no desenvolvimento do hábito de leitura das crianças. Desde 2007 é embaixadora do UNICEF no Brasil.

2. Ziraldo

Ziraldo Alves Pinto é um multiartista da arte e da comunicação. Seu primeiro trabalho foi publicado no jornal Folha de Minas aos 6 anos de idade.

Com o passar do tempo, foi aperfeiçoando suas técnicas e em 1960 lançou a revista “Turma do Pererê”, primeira história em quadrinho colorida e escrita por um único autor no país.

No período da ditadura militar no Brasil, Ziraldo teve sua revista cancelada e foi preso, no Rio de Janeiro, por conta de seus posicionamentos no jornal O Pasquim. Ele se tornou uma das vozes mais importantes no movimento de oposição à ditadura, escancarando a indignação de toda a nação brasileira.

A sua carreira é cheia de grandes êxitos, mas é em 1980 que realiza a publicação de seu maior sucesso: “O Menino Maluquinho”. A HQ traz a história de um menino alegre, sapeca e criativo, sempre pronto para uma aventura.

3. Laerte

Laerte Coutinho é a cartunista, chargista, ilustradora e roteirista de maior destaque no Brasil hoje. Muitos de seus trabalhos passaram pelos jornais Folha de São Paulo e O Estado de São Paulo, assim como nas revistas Veja e Istoé.

Sua trajetória como cartunista começa em 1960, quando realiza publicações pela revista Sibila com o personagem Leão. Em meio a grandes parcerias, contratos e empreendimentos, em 1985 publica o seu primeiro livro, intitulado “O Tamanho da Coisa”, uma coletânea de suas charges.

Laerte atuou como roteirista em grandes programas humorísticos, como TV Pirata, Sai de Baixo e TV Colosso, um programa infantil.

Ela trata de assuntos essenciais para a sociedade em forma de sátira, permeando a transfobia, a política, os direitos dos trabalhadores e o Regime Militar.

 

Gostou de saber mais sobre a origem das histórias em quadrinhos no Brasil? Acesse o nosso Instagram e nos conte o que achou e se as HQs motivaram o seu hábito de leitura.

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