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Os tempos mudam, a tecnologia evolui e a escola não fica de fora das transformações. A fim de sempre melhorar a experiência de ensino-aprendizagem de educadores e estudantes, novos métodos educacionais estão sendo explorados. São as chamadas metodologias ativas de aprendizagem que cada vez mais trabalham ao lado das metodologias tidas como tradicionais ou, mesmo, as substituem em algumas instituições. No Brasil, este movimento tem ganhado mais adeptos devido aos seus benefícios.

O que são metodologias ativas de aprendizagem?

Enquanto o modelo tradicional de ensino coloca o professor em frente à classe como o detentor do conhecimento apenas absorvido pelos alunos, as metodologias ativas de aprendizagem proporcionam estratégias para o estudante ser o protagonista do processo de adquirir conhecimento. Essa é uma das recomendações almejadas pela Base Nacional Comum Curricular (BNCC), documento que guia o ensino no Brasil e, também por isso, o país está incorporando essas abordagens nas suas escolas.

As metodologias ativas tiveram como precursor William Glasser, o desenvolvedor da chamada pirâmide de aprendizagem. Segundo o estudioso, os estudantes aprendem um conteúdo na seguinte proporção:

  • 10% pela leitura;
  • 20% pela escrita;
  • 50% a partir da observação e da audição;
  • 70% na discussão com outros;
  • 80% pela prática;
  • 95% ensinando e explicando a outra pessoa.

Dessa forma, apenas sentá-los em carteiras enquanto leem os livros didáticos e escutam os professores não basta para que realmente compreendam o conteúdo estudado. No ensino-aprendizagem, é preciso ir além e o educador é a ponte que conduz os alunos por este caminho.

Quais são as metodologias ativas de aprendizagem?

Existem diversos tipos de metodologias ativas que podem ser trabalhadas em sala de aula nas diferentes disciplinas ou mesmo de forma interdisciplinar. O educador que as desenvolve, além de levar benefícios aos alunos, gera dinamismo no processo de aprendizagem e desperta o interesse e curiosidade dos alunos. Conheça algumas delas!

Sala de aula invertida

Método no qual o professor explica brevemente o conteúdo e pede aos alunos, individualmente ou em grupo, para complementarem o conhecimento se dedicando a pesquisas feitas em casa. Os jovens vão levando suas dúvidas para a sala conforme as investigações avançam e são estimulados a ter autonomia.

Ensino híbrido

Popularizado atualmente devido ao contexto da pós-pandemia, esta metodologia ativa mescla conteúdos transmitidos presencialmente, em sala de aula, e virtualmente, via EaD. Assim, os alunos também aprendem a desenvolver disciplina e rotina para estudar.

Seminários e discussões

Como William Glasser afirmou, compartilhar o conhecimento com outras pessoas, seja por discussões ou pelo ensino, é uma ótima forma de aprender. Portanto, propor trabalhos aos estudantes em que eles tenham que apresentar os resultados obtidos em seminários ou participando de debates é enriquecedor e ainda estimula a capacidade de argumentação. Além disso, a disposição das carteiras em sala de aula pode ser alterada, criando-se um ambiente acolhedor, o qual coloque os estudantes mais próximos do professor.

Gamificação

Nesta metodologia ativa de aprendizagem, jogos interativos e conhecimentos são mesclados em sala de aula. Esse é um ótimo meio de fazer os alunos se interessarem pelos conteúdos estudados e conversar com eles em uma linguagem semelhante à sua, com uso de celulares e aparelhos eletrônicos, por exemplo. Já existem diversos aplicativos e plataformas de ensino que oferecem jogos educativos gratuitamente. Os jovens também interagem entre si e são capazes de despertar o espírito de competitividade saudável.

VEJA TAMBÉM: Já ouviu falar dos benefícios de jogar videogame? Sim, eles existem!

Aprendizagem baseada em problemas

Neste método, os estudantes são desafiados a solucionarem problemas que se relacionam ao conteúdo escolar. Pode ser, por exemplo, alguma questão de geografia ou ciências ligada à atualidade. Dessa forma, eles trabalham em grupo e, para encontrar a solução, estudam toda a situação por meio de pesquisas, troca de ideias entre si, conversas com o professor. É um ótimo modo de desenvolver a autonomia e a capacidade de pensamento crítico.

Design Thinking

Este método é aplicado em diferentes áreas, inclusive na educação. Aqui, os alunos solucionam situações de forma organizada (dividindo o processo de resolução em cinco etapas), criativa e em conjunto. Assim, eles aprendem a trabalhar em equipe e a desenvolver a empatia. No Design Thinking, a conversa entre os integrantes do grupo é muito importante para que uma resposta seja encontrada e para que todos tenham espaço de atuação.

Como aplicá-las em sala de aula?

Para que as metodologias ativas de aprendizagem sejam postas em prática na escola, é necessária uma união de esforços. A instituição precisa investir em recursos materiais, como equipamentos tecnológicos, e na capacitação de seus profissionais para a nova dinâmica, oferecendo-lhes cursos, palestras e apoio na rotina de trabalho.

Além dos muros da escola, os familiares e responsáveis dos estudantes devem ser incluídos no processo de implantação das metodologias ativas. Para isso, é importante que participem de reuniões com os educadores e que compreendam o que e como seus filhos estão aprendendo. A escola, portanto, precisa de comunicação interna e externa.

Quando este percurso é alcançado, muitos benefícios são colhidos tanto pelos estudantes quanto pelos educadores. Os jovens adquirem mais autonomia, organização, capacidade de argumentação e confiança, assim como passam a enxergar o ato de estudar como algo tranquilo. Eles também se tornam capazes de resolver problemas e são os protagonistas do seu aprendizado. Os professores sentem a satisfação dos alunos e conseguem manter um bom diálogo com eles. Falando nisso, uma relação próxima entre educador e estudante é fundamental para o sucesso no processo de ensino-aprendizagem.

Gostou de saber o são as metodologias ativas? Já pensou em como aplicá-las com seus estudantes? Com certeza o resultado será ótimo! Aproveite e siga o portal do Ismart para mais dicas de ensino.

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