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A escola não é apenas um ambiente de preparação profissional, mas também de formação de cidadãos e pessoas. Atualmente, muito se discute sobre o que o currículo escolar deve compreender, afinal, percebeu-se a importância em transmitir aos jovens ensinamentos que vão além do conteúdo acadêmico tradicional (matemática, linguagens e ciências). Entra em ação a educação socioemocional que, desde 2019, passou a integrar a Base Nacional Comum Curricular (BNCC).

O que é educação socioemocional?

Trata-se de um projeto educacional que busca desenvolver aspectos emocionais e sociais dos alunos, as chamadas habilidades socioemocionais, ao lado das matérias incluídas no currículo tradicional, trabalhando também com a inteligência emocional dos jovens e sua capacidade de se relacionar com outras pessoas. O termo educação socioemocional foi criado na década de 1990 por pesquisadores da psicologia, mas tem se mostrado bem atual no Brasil devido à BNCC.

As habilidades socioemocionais exploradas nesse projeto podem ser categorizadas em seis principais: comunicação, colaboração, criatividade, proatividade, perseverança e pensamento crítico. Com isso, os estudantes também afloram outras competências importantes para a sua formação como pessoas: a empatia, autoconhecimento e a capacidade de resolução de problemas.

Como a instituição de ensino deve encarar a educação socioemocional?

O desenvolvimento das habilidades socioemocionais não é uma disciplina à parte a ser tratada na escola, na verdade, ocorre juntamente a todas as matérias do currículo usual, integrando conhecimento cognitivo e emocional. A ideia é que, mais do que aprender um conteúdo pedagógico, o aluno entenda sua ligação com este conteúdo, uma vez que se vê como um cidadão parte deste mundo, e ainda saiba lidar com seus sentimentos em relação ao assunto.

Dessa forma, é essencial que a instituição de ensino proponha materiais atualizados às normas BNCC, para que abranjam a educação socioemocional, e que elabore uma estratégia sólida de como os jovens desenvolverão as habilidades de forma ampla e aprofundada. Para isso ocorrer, o plano de ensino deve considerar três etapas fundamentais: primeiro, o estudante entende o que é cada habilidade e seu conceito; em seguida, reflete sobre ela, pensando em quais atitudes deve tomar para que consiga atingi-la; por fim, o jovem realiza uma ação que concretize nele a habilidade. 

O material didático e o programa escolar precisam permitir ao educador a oportunidade de criar dinâmicas em que explique aos alunos, por exemplo, o que é proatividade, depois os convide a pensar no que podem fazer para serem proativos e, finalmente, passe uma atividade à turma para que cada um tenha a oportunidade de realizar um ato proativo.

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Como o professor pode incluir dinâmicas que desenvolvam as habilidades socioemocionais na sala de aula?

Enquanto isso, o educador traz à sala de aula recursos que sejam facilmente introduzidos ao contexto da turma. Por exemplo, o professor pode trabalhar com ferramentas tecnológicas, as quais costumam ser bem aceitas pelos jovens, assim como com notícias atuais, que os façam entrar em contato com importantes questões sociais e o que acontece à sua volta.

Outro modo de despertar o interesse dos alunos e fazê-los se conectar social e emocionalmente ao que estudam é elaborando dinâmicas que fujam do habitual, pois levam a eles a sensação de novidade e empolgação. Isso inclui atividades com filmes, músicas, livros literários e jogos, o que também os ajuda a conhecer diferentes realidades e se colocar no lugar do outro. Além disso, as práticas em grupo são uma forma para que interajam com os colegas.

Por fim, o professor que lidera uma sala de aula é o maior exemplo aos estudantes ali presentes. Por isso, para que os jovens se tornem emocionalmente conscientes, é essencial que o educador possua uma postura afetuosa, permitindo que as crianças e adolescentes, indivíduos ainda em formação, se sintam confortáveis para perguntar, brincar, criar e aprender. 

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